Durante o período colonial, distinguem-se duas (2) paisagens agrícolas:
– Agricultura empresarial ou de plantações ou se preferir comercial;
– Agricultura familiar ou de subsistência.
Agricultura empresarial:
Este tipo de agricultura era praticado pelos colonos e por empresas ou companhias e tinha como principais características:
– Grandes propriedades de terra;
– O uso de técnicas de produção modernas (selecção e melhoramento da semente, irrigação, fertilização, etc.);
– Agricultura mecanizada (tractores, alfaias, debulhadoras, ceifadoras, charruas etc.);
– Uso de mão-de-obra assalariada ou forçada;
– Aspecto de monocultura;
– Finalidade comercial;
– Altos rendimentos ou seja, maior produtividade;
– Maior investimento de capitais;
– Maior apoio técnico-científico.
A Agricultura familiar ou de subsistência:
A agricultura familiar ou de subsistência que era praticada por camponeses, era uma agricultura que dependia muito das condições naturais, particularmente da chuva.
.De uma maneira geral, a agricultura tradicional ou familiar caracterizava se por:
-Pequenas porções de terra;
-Meios de produção rudimentares (enxadas, ancinhos, machados, catanas e tracção animal);
-Técnicas de produção rudimentares (prática de queimadas para limpar a terra, rotação de culturas, Policultura das parcelas agrícolas);
-Prática de policultura;
-Baixos rendimentos;
-Mão-de-obra familiar (membros do agregado familiar ou sistema cooperativo);
-Finalidade sustento familiar ou trocas;
-Fraco ou inexistente de apoio técnico-científico.
A Agricultura após independência em Moçambique:
A Independência Nacional, deu lugar a um novo sistema de organização da economia rural. O Estado Moçambicano definiu a agricultura como base para o desenvolvimento económico do país a favor do povo moçambicano. O Estado tomou algumas medidas visando modificar a estrutura agrária colonial, tais medidas traduziram-se em:
– Nacionalização da terra (a terra é propriedade do Estado e é inalienável) mais tarde foi promulgada a lei de terras nº 19/97 de 1 de Outubro.
– Criação de machambas do povo/colectivas;
– Criação de machambas estatais;
-Criação de cooperativas agrícolas.
O governo de Moçambique, preocupado com o desenvolvimento deste sector tem vindo a definir políticas e projectos, tais como: Complexo Agro-industrial de Limpopo-CAIL, Pro-Savana, Revolução Verde, Campanha de Agroprocessamento, para além, da criação de um fundo de desenvolvimento agrário.
Em termos de exploração agrícola em Moçambique, existe uma coabitação saudável entre as empresas agro-pecuárias, associações de produtores agro-pecuários, produtores familiares, etc.